terça-feira, 23 de julho de 2013

DEVANEIOS - DE NÚMEROS (2)

SEGUNDO GRAU
    De 1941/1950 - Dos onze aos quinze anos - Pós-Guerra. Ver a chegada dos pracinhas, entre eles, Silas Munguba, sargento e estudante de medicina, e Jeziel Norberto, interno no CAB, baiano e futuro dentista e cunhado de minha irmã.  Colega de classe de Ebna e Auzênio, no terceiro ginasial.  Minha lembrança alcança Marcos Leal, irmão de Márcia e Marcio-"Orelha De Lebre", família de empreendedores na área imobiliária; encontrei o primeiro há dias, na NET e no mesmo ramo.  Manoel, o vi várias vezes depois de adulto e por fim, sumiu.  Deu-me uma vez uma caneta automática, invenção recente, naqueles idos; o corpo parecia madrepérola;  tinha, na lateral uma haste de metal, que a gente comprimia, puxando para fora, uma bexiga estreita, parecendo uma lagarta, no interno da mesma, mergulhando a pena no tinteiro Nankin, e a tinta sendo sugada por um orifício na mesma pena;  cabeça e corpo eram então atarraxados; a pena escarrapichava e o estoque de tinta durava pouco; morou?  Ester, era minha companheira, dividindo uma carteira dupla, no quarto ano, aos quatorze anos.  Era 1949.  Subiamos da parte baixa para a parte alta do colégio, sob uma alameda de Ficus-Benjamim, cojos frutinhos não comíveis, profusos, eram esmagados pelos nossos pés, em agradáveis estalidos. 
PROFESSORES
    Alcides Bundão, Censor, pré-seminarista,  diciplinava a classe nos entremeios de duas aulas.  D. Alberta, americana e professora de inglês.  A Professora de francês, tinha lábio leporino, dedurou-me a meu pai, porque eu estava filando numa prova, o que me valeu uma surra de cinto.  Dr. Antônio Marques Dorta, meu profesor de latim.  Professor Castro, português, ensinava História Geral, todo tempo de perfil e de olhos fechados.  Dr, Arnaldo Poggi de Figueredo, professor de química, médico, tinha só um pulmão.  Dr. Rubem Carneiro Leão, pastor, professor de matemática, andava numa moto Harley Davison.  Devo estar esquecendo alguns. D. Míriam, era a dedo duro que me massacrou. Nosso terror eram as provas mensais, orais.  Que grandes saudades de minha formação.

    1950 - Primeiro ano clássico, à noite.  Dai pra frente foram dez anos, sem apetite para estudar, mas sempre me matriculando em um colégio diferente e nunca concluindo o ano em curso.  Gostava muito  era de ler; sempre andava com um livro no ônibus.  Comecei a trabalhar, concursado, como mensageiro, no antigo IAPI.  Meu Pai me dava abrigo, comida e nada mai;  esse era o acordo.

    Quem não tem história pra contar, ou não tem memória pra guardar, deve ser muito triste.  Comecei a trabalhar neste mesmo ano de 50, anos dourados, até me aposentar.  Mais história.

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